O que é TDAH e como identificar em seu filho

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Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (ou TDAH), um nome grande, mas não muito bem compreendido. E o que se sabe do TDAH? Onde a verdade e o senso comum se tornam uma bifurcação nesse assunto? Ele se manifesta no comportamento das crianças, desde cedo se mostrando com um comportamento considerado “impulsivo”, “desatento” e “desorientado”. De fato, o Transtorno é uma dificuldade psicológica que afeta a capacidade de atenção de indivíduos ao alterar o sistema de substâncias chamadas “neurotransmissores” que são responsáveis por passar informação entre os neurônios.

Existem muitas causas atreladas à incidência de TDAH, entre elas:

  • Substâncias nocivas ingeridas durante a gestação – nesse caso existem observações que mostram um aumento na incidência de TDAH em crianças cujas mães ingeriram nicotina ou álcool durante a gravidez (contudo nesse caso se trata de uma associação de elementos e não de uma causa e efeito propriamente);
  • Sofrimento fetal – mais uma vez a cadeia de causa e efeito não é totalmente clara, mas estudos vêm apontando que quando há problemas no parto de uma criança e é causado algum tipo de sofrimento fetal a chance da criança desenvolver TDAH pode aumentar;
  • Exposição a chumbo – quando crianças pequenas sofrem intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas parecidos com o de TDAH. Mas essa forma é extremamente rara;
  • Hereditariedade – essa causa é a mais atrelada ao TDAH, ainda assim é um pensamento equivocado pois os genes não aparecem como responsáveis pelo transtorno em si, apenas trazem uma predisposição.

Outro mito que distorce a perspectiva sobre crianças com TDAH é a que isso interfere na capacidade intelectual, contudo não é realmente o caso, o que acontece é a dificuldade de receber o conhecimento e a dificuldade de prestar a atenção necessária para absorver esse conhecimento.

Estudos já mostram como o TDAH em qualquer variação não interfere na capacidade intelectual daqueles que possuem o Transtorno, de fato, a complicação que encontram é simplesmente a execução de tarefas como o ato do estudo que se torna mais desafiadora e a atenção diverge depois de certo tempo, mas conforme a atenção é mais variável, uma capacidade de análise superior se torna latente. Inclusive existem casos registrados de crianças com QI muito além do normal e que possuem TDAH. Por isso que a perspectiva do senso comum do TDAH precisa mudar se quisermos compreender essa síndrome, pelo bem das crianças que possuem o transtorno, que acabam de certa forma subestimadas em sua capacidade o que serve apenas para agravar as dificuldades que elas sofrem, gerando quadros de consequência como depressão ou perpetrando a complicação fundamental que é a capacidade de aprendizado.

Mas como saber quando se trata de TDAH? Quando começa a se manifestar? Quais são os sinais e como ter certeza? A primeira coisa a se lembrar é que os sinais se manifestam com a probabilidade do transtorno até os 7 anos, depois disso a gama de causas possíveis é passível de aumentar para uma escala que o diagnóstico caseiro não pode rastrear. Preste atenção em por quanto tempo os sintomas são notados, para um diagnóstico de TDAH os sintomas devem persistir por cerca de 6 meses, além do que, contexto também pode afetar o resultado, por assim dizer, busque denotar os contextos ao redor da criança, se há dois contextos o mais diferentes possível em que os mesmos sintomas se manifestem. Segundo as sintomáticas descritas pelo Hospital Israelita Albert Einstein podemos subdividir os sintomas de TDAH em quatro classes, comportamento, cognição, humor e consequência.

No comportamento:

  • agressão – reações agressivas à certas situações de pressão mesmo que leve;
  • excitabilidade – muito suscetível à estímulos, gerando distração e excesso de informação na mente;
  • hiperatividade – excesso na atividade motora;
  • impulsividade – tendência a agir sem premeditação, por impulso;
  • inquietação – agitando mãos, pés ou o rosto de forma constante;
  • irritabilidade – frustração ou raiva por questões que podem ser consideradas
    triviais;
  • falta de moderação – ausência de limite em relação a alguma atitude;
  • Na cognição:
  • dificuldade de concentração – não consegue manter a atenção em um único foco por um período prolongado;
  • esquecimento – como os neurotransmissores são alterados pelo TDAH, a memória pode ser afetada em certo nível;
  • No humor:
  • ansiedade
  • Preocupação intensa, excessiva e persistente e medo de situações cotidianas;
  • excitação ou raiva

Consequências: depressão ou dificuldade de aprendizagem Mas no fim das contas, para se ter certeza de um diagnóstico de TDAH a solução é consultar ajuda profissional.

No caso, profissionais de fonoaudiologia estão entre os mais indicados para diagnosticar e fazer tratamento. Se vier fazer uma consulta conosco, podemos ajudar à você e seu pequeno

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